Três dias antes, o grupo já havia sido avistado por integrantes da Funai e por outros índios, porém, o contato não havia ocorrido. O índio Fernando Kampa, dos Ashaninka, foi o intermediador desse primeiro e épico contato com um dos grupos indígenas mais isolados do mundo.
A regra geral da Funai é a de não contato, e este só pode ser feito quando a iniciativa vem dos índios. Apesar da comunicação ser difícil e arriscada, os isolados relataram agressões vindas do território peruano, provavelmente pelos não-índios e talvez por isso, decidiram estabelecer contato, como num pedido de ajuda. Um fato curioso é que um dos isolados portava uma espingarda, provavelmente adquirida após algum tipo de confronto com os não-índios.
Foi um momento perigoso e arriscado, principalmente para os índios isolados, afinal, eles correram o risco de adquirir algum tipo de virose cujo sistema imunológico não esteja preparado. A Funai ainda não divulgou mais informações sobre os motivos desse contato, mas relatou que nesse último mês, outros oito índios isolados retornaram à Aldeia Simpatia.